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Nesta quinta-feira de profunda reverência, celebramos com fé e alegria a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, também conhecida como Corpus Christi. Esta é uma data especial em que a Igreja convida seus fiéis a contemplar, adorar e agradecer o dom sublime da Eucaristia — o verdadeiro Corpo e Sangue de Jesus Cristo, presença real e viva entre nós.

LEITURAS: Gn 14,18-20 / Sl 109(110),1.2.3.4 (R. 4bc) / 1Cor 11,23-26 / Lc 9,11b-17

PRIMEIRA LEITURA

Primeira Leitura (Gn 14,18-20)

Leitura do Livro do Gênesis

Naqueles dias, 18 Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho e como sacerdote do Deus Altíssimo, 19 abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, criador do céu e da terra! 20 Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou teus inimigos em tuas mãos!” E Abrão entregou-lhe o dízimo de tudo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

SALMO

Responsório Sl 109(110),1.2.3.4 (R. 4bc)

– Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

– Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

– Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!” 

– O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos; 

– tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” 

– Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!” 

SEGUNDA LEITURA

Segunda Leitura (1Cor 11,23-26)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos: 23 O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24 e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25 Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em minha memória”. 26 Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

EVANGELHO

Evangelho (Lc 9,11b-17)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Eu sou o pão vivo descido do céu; quem deste pão come, sempre, há de viver!

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 11b Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam. 12 A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. 13 Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. 14 Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. 15 Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. 16 Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. 17 Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

REFLEXÃO

📖 Primeira Leitura (Gn 14,18-20)

Na primeira leitura, somos introduzidos ao encontro entre Abrão e Melquisedec, rei de Salém, que oferece pão e vinho, antecipando o grande mistério eucarístico. Ao abençoar Abrão, Melquisedec também representa o sacerdócio eterno de Cristo, que se oferece por nós como alimento e salvação. Aqui está o primeiro sinal da entrega total de Deus ao Seu povo por meio de sinais simples, mas profundos: pão e vinho.

📖 Segunda Leitura (1Cor 11,23-26)

São Paulo, na sua carta aos Coríntios, recorda com solenidade as palavras de Jesus na Última Ceia. Ele não fala de símbolos, mas de realidades: “Isto é o meu corpo… este cálice é a nova aliança em meu sangue”. Esta leitura é o coração do mistério da Eucaristia. A cada missa, quando celebramos o memorial da Paixão do Senhor, não repetimos um gesto, mas atualizamos um sacrifício eterno. Comungar é tornar-se íntimo de Cristo, é receber a força do céu em nossa alma frágil.

📖 Evangelho (Lc 9,11b-17)

O Evangelho segundo São Lucas narra a multiplicação dos pães e dos peixes. Jesus acolhe a multidão, fala-lhes do Reino e depois, com gestos simples, realiza um milagre de partilha e saciedade. É um sinal claro da Eucaristia: Jesus toma o pão, abençoa, parte e distribui. Não há verdadeira fé sem partilha, não há Eucaristia que não nos empurre ao amor concreto pelo próximo. Aqueles que se alimentam do Corpo de Cristo são chamados a ser também pão repartido para o mundo.

🕊️ Reflexão Final

Celebrar o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é mais do que recordar um evento: é mergulhar no mistério do amor divino que se dá por inteiro. É tempo de renovar nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia, de participar com mais fervor da Santa Missa e de viver aquilo que celebramos. A Eucaristia não é apenas alimento espiritual, é também compromisso com o outro. É impossível ser verdadeiramente eucarístico sem ser fraterno. Nesta solenidade, peçamos a graça de nunca nos acostumarmos com este dom, mas de adorá-lo com reverência e vivê-lo com coerência.

Que o Senhor Jesus, presente no Santíssimo Sacramento, fortaleça nossa caminhada, cure nossas feridas e nos ensine a amar como Ele nos amou. Feliz e santa solenidade de Corpus Christi!

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